Um monge e seus discípulos seguiam por uma estrada.
Quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.
O monge correu pela margem do rio, adentrou a água e tomou o bichinho na mão.
Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.
Foi então à margem do rio, tomou um ramo de árvore, correu adiantando-se à correnteza, entrou, recolheu o escorpião e o salvou.
Ao voltar, o monge juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e sem entender nada.
Então, perguntaram:
– Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso?
– Que se afogasse! Seria um a menos!
– Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara!
– Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:
– Ele agiu conforme sua natureza, e eu, de acordo com a minha.
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Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro. Apenas podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, pois é certo que cada um dá o que tem e o que pode. Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do outro.
Fonte: Centro Educacional Leonardo da Vinci – Brasília
Contribuição: Joana Leonor Araújo
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