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MENSAGENS

OLÁ... - BATIZADOS EM NOSSA PARÓQUIA TODO TERCEIRO DOMINGO DO MÊS AS 10:00 HS. MAIORES INFORMAÇÕES NA SECRETARIA PAROQUIAL. - ATENÇÃO NOIVOS E INTERESSADOS: Nossa Paróquia está disponibilizando os seguintes horários para casamento: sextas feiras - 19:00 hs (Menos na primeira sexta do mês) Sábados - 17:00 hs MAIORES INFORMAÇÕES PELO 3354 9214 - FALAR COM SECRETÁRIO MÁRIO. "O QUE DEUS UNIU, O HOMEM NÃO SEPARE."

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

FELIZ ANO NOVO




Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade, teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro. Ao acabar mais um ano, quero te dizer obrigado por tudo aquilo que recebi de Ti. Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor, pelo que é possível e pelo que não foi. Ofereço-te tudo o que fiz neste ano, o trabalho que pude realizar, as coisas que passaram pelas minhas mãos e o que com elas pude construir.
Apresento-te as pessoas que ao longo destes meses amei, as amizades novas, e o meu amor, os que estão perto de mim e os que estão mais longe, os que me deram sua mão e aqueles que pude ajudar, os com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria. Mas também, Senhor, hoje quero Te pedir perdão. Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto, pela palavra inútil e o amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito, perdão por viver sem entusiasmo. Também pela oração que aos poucos fui adiando e que agora venho apresentar-te, por todos meus olvidos, descuidos e silêncios, novamente te peço perdão. No próximo dia, começaremos um novo ano. Paro a minha vida diante do novo calendário que ainda não se iniciou e Te apresento estes dias, que somente Tu sabes se chegarei a vive-los. Hoje peço para mim, meus parentes e amigos, a paz e a alegria, a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria. Quero viver cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz. Fechar meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios a palavras mentirosas, egoístas ou que magoem. Abre, sim, meu ser a tudo o que é bom. Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos para que as derrame por onde eu passar.
Senhor, a meus amigos que leem esta mensagem, enche-os de sabedoria, paz e amor. E que nossa amizade dure sempre em nossos corações. Enche-me, também, de bondade e alegria, para que todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho possam descobrir em mim um pouquinho de Ti. Dá-nos um ano feliz, e ensina-nos a repartir felicidade.
Amém

O FALCÃO, O MORCEGO E O ZANGÃO


Se você colocar um falcão em um cercado de um metro quadrado e inteiramente aberto em cima, o pássaro, apesar de sua habilidade para voo, será um prisioneiro.

A razão é que um falcão sempre começa seu voo com uma pequena corrida em terra. Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá prisioneiro pelo resto da vida, nessa pequena cadeia sem teto.

O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado. Se for colocado em um piso completamente plano, tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar.

Um zangão, se cair em um pote aberto, ficará lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que morra de tanto se atirar contra o fundo do vidro.

Existem pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos, sem perceber que a saída está logo acima, num olhar sob um ponto de vista diferente e à distância de apenas uma oração...



Autor: Desconhecido
  

CASA ARRUMADA...


cid:1.117257170@web160108.mail.bf1.yahoo.com
Carlos Drummond de Andrade

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.

Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.

Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas.

Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida.

Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.

Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.

Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.

Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto.

Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.

A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos.

E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias.
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela.
E reconhecer nela o seu lugar.

Seu Lar Doce Lar




 Enviada por Nerli Adaltino

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

FREIRAS DA SAGRADA FAMÍLIA


O FALCÃO E O CÁLICE


 Conta a lenda que certa manhã o guerreiro mongol Gengis Khan e sua corte saíram para caçar.

Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan carregava seu falcão favorito no braço, que era melhor e mais preciso que qualquer flecha, pois podia subir aos céus e ver tudo aquilo que o ser humano não conseguia enxergar.

Entretanto, apesar de todo o entusiasmo do grupo, não conseguiram encontrar nada.

Decepcionado, Gengis Khan voltou para seu acampamento. Mas, para não descarregar sua frustração em seus companheiros, separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho.

Tinham permanecido na floresta mais tempo que o esperado e Gengis Khan estava cansado e com sede.

Por causa do calor do verão, os riachos estavam secos. Não conseguia encontrar nada para beber até que, enfim, avistou um fio de água descendo de um rochedo à sua frente.

Na mesma hora, retirou o falcão do seu braço, pegou o pequeno cálice de prata que sempre carregava consigo, demorou um longo tempo para enchê-lo e, quando estava prestes a levá-lo aos lábios, o falcão levantou voo e arrancou o copo de suas mãos, atirando-o longe.

Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito, talvez estivesse também com sede. Apanhou o cálice, limpou a poeira e tornou a enchê-lo. Após outro tanto de tempo, com a sede apertando cada vez mais e com o cálice já pela metade, o falcão de novo atacou-o, derramando o líquido.

Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia deixar-se desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém podia estar assistindo à cena de longe e mais tarde contaria aos seus guerreiros que o grande conquistador era incapaz de domar uma simples ave.

Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo. Manteve um olho na fonte e outro no falcão. Assim que viu ter água suficiente e quando estava pronto para beber, o falcão de novo levantou voo e veio em sua direção. Gengis Khan, em um golpe certeiro, atravessou o seu peito do falcão, matando-o.

Retomou o trabalho de encher o cálice. Mas o fio de água havia secado.

Decidido a beber de qualquer maneira, subiu o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça de água e, no meio dela, morta, uma das serpentes mais venenosas da região.

Se tivesse bebido a água, já não estaria mais no mundo dos vivos.

Gengis Khan voltou ao acampamento com o falcão morto em seus braços.

Mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em uma das asas: “Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta, ele continua sendo seu amigo”.

Na outra asa: “Qualquer ação motivada pela fúria é uma ação condenada ao fracasso”.

Nem sempre o que parece ser, realmente é.



Autor: Desconhecido
Contribuição: Silvia Neves
  

PRÍNCIPE DA PAZ, CONVERTEI OS CORAÇÕES DOS VIOLENTOS

«Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens do seu agrado
» (Lc 2, 14).
Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal!
Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz.
Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever.
Glória a Deus.
A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.
Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos.
Paz aos homens.
A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo.
Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes... As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!
Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz.
Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado.
Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados.
Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.
Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se deem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.
Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão.
Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.
Votos de um Natal feliz no termo da Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre
A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação conosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz!
Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!


PALAVRA-CHAVE PARA VIVER EM PAZ E ALEGRIA EM FAMÍLIA: COM LICENÇA, OBRIGADO, DESCULPA

Angelus: Papa Francisco reflete sobre a família e o drama dos migrantes e refugiados que são vítimas de rejeição
Apresentamos as palavras do Papa Francisco pronunciadas antes de rezar o Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro neste domingo, 29 de dezembro.
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Neste primeiro domingo depois do Natal, a Liturgia nos convida a celebrar a festa da Sagrada Família de Nazaré. De fato, todo presépio mostra Jesus junto com Nossa Senhora e São José, na gruta de Belém. Deus quis nascer em uma família humana, quis ter uma mãe e um pai, como nós.
E hoje o Evangelho nos apresenta a Sagrada Família no caminho doloroso do exílio, em busca de refúgio no Egito. José, Maria e Jesus experimentam a condição dramática dos refugiados, marcada por medo, incertezas, necessidades (Mt 2, 13-15. 19-23). Infelizmente, nos nossos dias, milhões de famílias podem reconhecer-se nesta triste realidade. Quase todos os dias a televisão e os jornais dão notícias de refugiados que fogem da fome, da guerra, de outros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as próprias famílias.
Em terras distantes, mesmo quando encontram trabalho, nem sempre os refugiados e os imigrantes encontram acolhimento verdadeiro, respeito, apreço pelos valores de que são portadores. As suas legítimas expectativas se confrontam com situações complexas e dificuldades que parecem às vezes insuperáveis. Por isso, enquanto fixamos o olhar na Sagrada Família de Nazaré no momento em que foi forçada a fazer-se refugiada, pensemos no drama de quantos migrantes e refugiados que são vítimas de rejeição e da escravidão, que são vítimas do tráfico de pessoas e do trabalho escravo. Mas pensemos também nos outros “exilados”: eu os chamarei de “exilados escondidos”, aqueles exilados que podem existir dentro das próprias famílias: os idosos, por exemplo, que às vezes são tratados como presenças incômodas. Muitas vezes penso que um sinal para saber como vai uma família é ver como são tratados nessa as crianças e os idosos.
Jesus quis pertencer a uma família que experimentou estas dificuldades para que ninguém se sinta excluído da proximidade amorosa de Deus. A fuga ao Egito por causa das ameaças de Herodes nos mostra que Deus está lá onde o homem está em perigo, lá onde o homem sofre, lá onde é fugitivo, onde experimenta a rejeição e o abandono; mas Deus está também lá onde o homem sonha, espera voltar à pátria na liberdade, projeta e escolhe pela vida e dignidade sua e dos seus familiares.
Este nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco. Recordemos as três palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa. Quando em uma família não se é invasor e se pede “com licença”, quando em uma família não se é egoísta e se aprende a dizer “obrigado” e quando em uma família um percebe que fez algo ruim e sabe pedir “desculpa”, naquela família há paz e alegria. Recordemos estas três palavras. Mas podemos repeti-las todos juntos: com licença, obrigado, desculpa. (Todos: com licença, obrigado, desculpa!). Gostaria também de encorajar as famílias a tomar consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade. O anúncio do Evangelho, de fato, passa antes de tudo pelas famílias, para depois alcançar os diversos âmbitos da vida cotidiana.
Invoquemos com fervor Maria Santíssima, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, e São José, seu esposo. Peçamos a eles para iluminar, confortar, guiar cada família do mundo, para que possa cumprir com dignidade e serenidade a missão que Deus lhes confiou.
(Após o Angelus)
ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA
Jesus, Maria e José,
em Vós, contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
a Vós, com confiança, nos dirigimos.
Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
escolas autênticas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais se faça, nas famílias, experiência
de violência, egoísmo e divisão:
quem ficou ferido ou escandalizado
depressa conheça consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré,
que o próximo Sínodo dos Bispos
possa despertar, em todos, a consciência
do carácter sagrado e inviolável da família,
a sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
escutai, atendei a nossa súplica.


domingo, 29 de dezembro de 2013

DOMINGO 29/12

Primeira Leitura (Eclo 3,3-7.14-17a)

Leitura do Livro do Eclesiástico:

Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe.

Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana.

Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros.

Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido.

Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe.

Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados a e, na justiça, será para tua edificação.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Sl 127)

— Felizes os que temem o Senhor/ e trilham seus caminhos!

— Felizes os que temem o Senhor/ e trilham seus caminhos!

Feliz és tu, se temes o Senhor/ e trilhas seus caminhos!/ Do trabalho de tuas mãos hás de viver,/ serás feliz, tudo irá bem!

— A tua esposa é uma videira bem fecunda/ no coração da tua casa;/ os teus filhos são rebentos de oliveira/ ao redor de tua mesa.

— Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor./ O Senhor te abençoe de Sião,/ cada dia de tua vida!

Segunda Leitura (Cl 3,12-21)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:

Irmãos: Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também.

Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.

Que a paz reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.

Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças.

Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.

Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.

Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.

Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor.

Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Evangelho (Mt 2,13-15.19-23)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.

José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.

Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.

Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.

José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

sábado, 28 de dezembro de 2013

O COLAR DE TURQUESAS AZUIS

 O homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída enquanto uma garotinha se aproximava da loja. Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrine. Seus olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto.

Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. Então, disse ao balconista:

– É para minha irmã, você pode fazer um pacote bem bonito?

O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e perguntou:

– Quanto dinheiro você tem?

Sem hesitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e disse:

– Isso dá, não dá?

Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.

– Sabe, eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que nossa mãe morreu ela cuida de mim e não tem tempo para ela. Hoje é seu aniversário e tenho certeza de que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos seus olhos.
  
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita azul.

– Tome, disse para a garotinha. Leve com cuidado.

Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo.

Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e interrogou:

– Este colar foi comprado aqui?

– Sim senhora - respondeu o dono da loja.

– E quanto custou?

– Ah, o preço de qualquer objeto em minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.

– Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. E este colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagar por ele.

O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo:

– Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha.

O silêncio encheu a pequena loja e lágrimas rolaram pela face da jovem enquanto suas mãos tomavam o embrulho.

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"A verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições.”



Autor: Desconhecido
Contribuição: Altair Ferreira
  

QUANDO VOCÊ CONSEGUIR SUPERAR

Quando você conseguir superar
graves problemas de relacionamentos,
não se detenha na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado
mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde,
não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus
que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade,
e lhe darão confiança
diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor;
outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta;
outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena;
outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos;
outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros;
outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita;
outros, falar.
Uns queriam silêncio;
outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo;
outros, ter pés.

Uns queriam um carro;
outros, andar.
Uns queriam o supérfluo;
outros, apenas o necessário.


Há dois tipos de sabedoria:
a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe
e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera;
a inferior, julga;
a superior, alivia;
a inferior, culpa;
a superior, perdoa; a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala
para quem sabe escutar!

Chico Xavier

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

UMA MENSAGEM

Uma Mensagem:
Hoje, acordei sentindo uma grande dor no peito; sentei-me ao pé da cama, coloquei minha mão sobre meu peito, e perguntei ao meu coração:

- O que você tem? Porque está tão inquieto dentro de mim?
Você está doente?

Fiquei uns minutos em silêncio e aí foi minha alma a começar a ficar inquieta. Perguntei a ela:

- O que tens? Porque se atormenta dentro de mim?
Minha alma disse:

- Estou assim porque você está assim; você me faz perguntas, mas não tenho as respostas e sei que isso a faz infeliz. Você se sente tão pequena, e isso me faz pequeno também. Você queria ser diferente e eu fico triste por você. Você está tão só, e eu me sinto sem você. Mais uma vez tornei a ficar em silêncio. E foi aí que meu coração
meio confuso me respondeu:

- Estou tão triste. Sinto-me tão pequeno. Estou magoado com você!
Fiquei sem jeito e perguntei:

- O que foi que eu te fiz?

Ele respondeu:
Você sofre tanto com as pessoas; preocupa-se com elas, é atencioso, procura ser prestativo e na maioria das vezes, sempre se decepciona.Você ama e depois sofre e fala que a culpa é minha. Você espera por algo que não vem e fica triste. Aí você chora e dói em mim. Preciso de curativos para um coração partido. Curativos bons.

Perguntei ao meu coração:
- Como assim, bons?

Ele respondeu:
Curativos que estanquem essa sua tristeza, essa sua mágoa, essa sua solidão. Que estejam com você nos dias frios e nas noites vazias, nos dias de tempestade e nas horas que você se sentir tão só. Que eles sejam tão grandes que possam envolver seu corpo em um abraço cheio de ternura e que você se sinta seguro e amparado.

Curativos que te façam sentir o quanto você é especial e amado, mesmo que você nunca tenha sentido esse amor, preciso de bons curativos, que não sejam eternos, afinal nada é para sempre, mas, que não sejam descartáveis.

Curativos que absorvam esse sofrimento, essa dor, essa ferida que não se vê, apenas se sente.

Que sejam fortes, e a prova d’água, para que não se estraguem com suas lágrimas, que sejam macios, para poder te fazer carinho nos dias em que você se sentir carente. Curativos que, acima de tudo nunca o decepcionem, prometendo coisas que não cumpram.

Curativos companheiros e sinceros, que se importem realmente com você. Não quero pena, quero amor. Amor de verdade. Preciso que você também se ame e prometa que vai procurar cuidar mais de mim, sou parte de você e se você sofre eu sofro também.

Queria poder colocar você dentro de mim, secar suas lágrimas, ninar você.

Dizer-te que tudo vai passar e te proteger das decepções da sua vida, afinal você já sofreu tanto que não sei como ainda consigo bater forte em seu peito!

*Você é especial, pena ninguém perceber isso.*

Atenciosamente,
Rosana Selles 

O CEGO NA CALÇADA



 Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo a mais imprevisível das criaturas. Outro dia, atravessando a rua, deparo com um cego. Ele estava parado na esquina.

Pensei, pensei, e com a melhor das intenções peguei no braço do "ceguinho" e ajudei-o a atravessar a rua. Quando cheguei do outro lado, larguei-o e segui meu caminho.

Estava super  feliz e pensava: "Hoje cumpri minha missão, fiz um gesto super  bonito...".

Quando olho para trás, eis que vejo outra pessoa atravessando novamente o "ceguinho".

Pensei... o que teria acontecido!!!

Sem pensar duas vezes, fui correndo buscá-lo (agora já do outro lado da rua). Novamente, atravessei-o e fui embora.

Segui meu caminho.

Para meu espanto, quando olhei pra trás novamente, estavam atravessando novamente o "ceguinho".

Ahhh, não! Desta vez não aguentei e gritei:

– PAREM COM ISSO, VOCÊS NÃO ESTÃO VENDO QUE ELE QUER FICAR DESTE LADO DE CÁ?

E para meu espanto, o ceguinho abriu a boca e falou:

– Pessoal, agradeço-lhes pela ajuda, mas não seria mais interessante vocês ME PERGUNTAREM o que EU REALMENTE quero fazer?

Nesta hora, todos pararam e eu pensei: nossa, o "ceguinho fala"! Absurdo, não? Mas foi assim que pensei...

Para resumir, o ceguinho estava apenas esperando seu parente na esquina. Ele não queria ir nem pra direita, nem pra esquerda, só queria esperar...



Autor: Desconhecido
Contribuição: Silvia Leite de Moura Fonseca
  

A LUZ DE CRISTO AINDA BRILHA, INCLUSIVE NOS LUGARES MAIS ESCUROS

 "A luz de Cristo ainda brilha, inclusive nos lugares mais escuros
Mensagem de Natal dos patriarcas e líderes das Igrejas cristãs de Jerusalém
"O mundo em que Jesus nasceu não era muito diferente do atual" no Oriente Médio, observaram os patriarcas e líderes das Igrejas cristãs de Jerusalém ao apresentar as suas esperanças e desejos de Natal.
"Em meio a situações difíceis, nós nos alegramos de que a luz de Cristo ainda brilhe, inclusive nos lugares mais escuros", escreveram eles, em mensagem postada neste sábado no site do Patriarcado Latino de Jerusalém (www.lpj.org).
Citando São João Evangelista (1,4-5), os patriarcas dizem na mensagem: "Acreditamos firmemente que a violência não é a solução e que Jesus, o Príncipe da Paz, veio nos mostrar não só como nos reconciliar com Deus, mas também como nos reconciliarmos uns com os outros".
Comparando a fuga da Família de Nazaré para o Egito com a realidade das centenas de milhares de refugiados forçados a deixar casa e parentes no período atual, os patriarcas e chefes das Igrejas cristãs de Jerusalém convidam os fiéis a rezar por todos aqueles que estão longe da sua terra natal, por todas as organizações que os apoiam e pelos líderes do mundo, para que favoreçam "uma situação em que a busca de refúgio não seja mais necessária".


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

SÃO JOSÉ, REPRESENTANTE DA SAGRADA FAMÍLIA

As semelhanças entre a vida de São José e nossa própria vida.

São José era um homem comum. Não foi poupado do pecado original.  Na Bíblia, aparece pouco e não há sequer uma frase falada por ele.  Em certo momento, Cristo se apresentou para ele, mas de maneira tão inusitada e em meio a tantas dificuldades que talvez ele tenha pensado em desistir,  mas teve imensa simplicidade e fidelidade para trilhar os caminhos de Deus e acolher a Cristo em sua vida, mesmo tendo que superar muitos obstáculos, incluindo a si mesmo.  Por muitas vezes, o mesmo acontece conosco.  Talvez seja interessante olhar para ele como o sendo o nosso representante na Sagrada Família.  Afinal, Nossa Senhora teve a graça de nascer sem o pecado original, Cristo é Deus, mas São José era igual a nós.

Papa Francisco tem chamado muita atenção para São José.  Tem citado o santo em diversas ocasiões e na oração do Ângelus deste domingo, dia 22/12/2013, fez uma belíssima catequese sobre o momento crucial da sua vida: a gravidez de Maria.

Imaginemos um homem que sai em viagem deixando uma noiva, combinando que casarão assim que ele regresse.  Porém, quando este homem volta encontra sua noiva grávida.  Isso já bastaria para criar muita confusão.  Mesmo nos dias de hoje.  Agora pense o que aconteceria em uma sociedade onde isso era considerado grave o suficiente para ser punido com apedrejamento público!

Pois foi isso que aconteceu a José, que ainda não sabia que Maria carregava o Filho de Deus.  Não tendo outra saída, ele resolveu abandonar Maria. Mas o fez em segredo.  Sem alarde.  Ele não queria que nada de mal acontecesse àquela menina.   Papa Francisco diz:

“E o Evangelho diz: 'Porque era um homem justo e não queria acusá-la publicamente, resolveu deixá-la em segredo' ( 1, 19).

Esta pequena frase resume um verdadeiro drama interior, se pensarmos no amor que José tinha por Maria! Mas, mesmo em tal circunstância, José pretende fazer a vontade de Deus e decide, sem dúvida com grande dor, abandonar Maria em segredo. Devemos meditar nessas palavras, para entender a prova que José teve que enfrentar nos dias que precederam o nascimento de Jesus. Uma prova parecida com aquela do sacrifício de Abraão, quando Deus lhe pediu seu filho Isaque (cf. Gn 22): renunciar à pessoa mais preciosa, à pessoa mais amada.”

Mas o Senhor não abandonaria José e nem Maria (que a essa altura não poderia ficar sozinha – seria muito perigoso) e faz com que um anjo explique tudo a ele em sonho.  E José, neste momento é obrigado a renunciar completamente a todas as expectativas que tinha criado, para seguir o caminho que Deus estava mostrando.

José, assim como qualquer homem, em qualquer tempo, imaginava ter uma esposa, filhos e uma vida normal em que trabalharia durante o dia e chegaria em casa ao final da tarde para ficar com sua família.  Não imaginava desposar uma mulher grávida, não imaginava fugir para proteger a sua família e com certeza, não imaginava ter que abraçar a imensa responsabilidade de criar o Filho de Deus, o Messias tão esperado por todos.

De novo, vamos olhar para as palavras irretocáveis de Francisco:

“Este Evangelho nos mostra toda a grandeza de alma de São José. Ele estava seguindo um bom projeto de vida, mas Deus reservou para ele um outro projeto, uma missão maior. José era um homem que sempre dava ouvidos à voz de Deus, profundamente sensível à sua vontade secreta, um homem atento às mensagens que lhe vinham do profundo do coração e do alto. Não ficou obstinado em perseguir aquele seu projeto de vida, não permitiu que o rancor lhe envenenasse a alma, mas estava preparado para colocar-se à disposição da novidade que, de forma desconcertante, era-lhe apresentada. Era assim, era um homem bom. Não odiava, e não permitiu que o rancor lhe envenenasse a alma. Mas quantas vezes em nós o ódio, a antipatia também, o rancor nos envenenam a alma! E isso faz mal. Não permiti-lo nunca: ele é um exemplo disso. E assim, José se tornou ainda mais livre e grande. Aceitando-se de acordo com o projeto do Senhor, José encontra plenamente a si mesmo, além de si. Esta sua liberdade de renunciar ao que é seu, e esta sua plena disponibilidade interior à vontade de Deus, nos interpelam e nos mostram o caminho.”

O parágrafo acima é para ser lido mil vezes, até que se entenda tudo o que São José representa para a vida de cada um de nós.

São José tinha um plano para sua vida e, em algum momento, teve que encarar a o fato de que o plano de Deus não combinava com seus planos. Com toda a certeza isso já aconteceu com cada um de nós!  Mas quando isso aconteceu, o que fizemos?  Aderimos ao plano de Deus ou ficamos rancorosos e envenenados, lamentando por não conseguirmos impor nossos próprios planos?

Papa Francisco fala que José se tornou mais livre e grande ao aderir ao plano de Deus. Parece paradoxal que José não tenha feito o que quer, mas tenha se tornado mais livre!  O pecado original sempre nos dá a tentação de acharmos que ser livre é não pertencer a nada nem ninguém.  Mas isso é uma ilusão.  Sempre seguimos alguém, sempre pertencemos a algo.  Então, porque não seguir a Deus e pertencer a Ele?  Há outra maneira de ser realmente livre?

Quantas vezes nos agarramos aos nossos planos, tentando fazer com que prevaleçam?  Quantas vezes viramos as costas para os planos de Deus porque achamos tudo muito difícil?  Quantas vezes ficamos confusos com a realidade e não enxergamos o que Deus quer de nós?

Neste Natal, olhemos para São José, que não foi poupado do pecado original, nem das dificuldades.  Aderiu fielmente aos planos de Deus, cresceu, foi mais livre e serviu como peça fundamental da salvação de todos nós.

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A ESTRELA DE PRATA

Numa árvore que eu cá sei – que nós sabemos – estão uma estrela de prata e uma bola de cristal.
— O que fazemos aqui? — perguntou a estrela.
— Estamos a enfeitar — respondeu a bola.
— O que é enfeitar? — perguntou a estrela.
— É fazer vista, ornamentar, alindar… — respondeu a bola de cristal.
Passou-se um tempo e a estrela perguntou de novo:
— Porque estamos a enfeitar?
— Porque esta árvore não é como as outras. Os frutos dela são raros. Aparecem um dia, luzem o seu quê, conforme sabem ou podem, e depois são colhidos e guardados, até para o ano.
A bola de cristal tinha muita experiência de outros Natais, ao passo que a estrela era nova, de prata fresca, e não sabia quase nada. Mas tinha ouvido falar que havia estrelas cadentes, estrelas que caem do céu e no céu desaparecem, num sopro de luz.
— Não serei uma dessas? — perguntou à bola.
— Talvez sejas, talvez não sejas… Mas não experimentes.
Passou-se um tempo mais, e a estrela guardou para si aquela ideia, uma ideia pequenina. “Não experimentes”, dissera-lhe a bola. E se experimentasse? Foi o que fez.
Caiu, num susto, mas como era leve, inocente e frágil, uma corrente de ar, vinda de uma porta aberta, algures, levou-a consigo.
Levou-a consigo e fê-la pousar, sem estrago, no fofo musgo.
— Olha, é a estrela da gruta — disse alguém que estava a armar o presépio.
E estrela do presépio ficou.
Donde estava, onde a puseram, via o presépio, os pastores, os reis magos, as lavadeiras com a trouxa à cabeça, as leiteiras com a bilha à cinta, os vagabundos, o moleiro, o azeiteiro e todo o povo do presépio e mais as pessoas de carne e osso, que vinham admirar aquela lindeza, sorrir para o Menino Jesus e olhar para a estrela, suspensa do alto da gruta.
Estrela de oito pontas que era, a apontar em todas as direções, nem ela sabia para onde, brilhou imenso.
Brilhou o mais que pôde.
Para o ano, a estrela de prata já tem muito que contar à bola de cristal.
António Torrado


A OUTRA FACE DO NATAL


Ceia de Natal, Confraternização. Troca de presentes. Festa de Ano Novo. Brinde. Beijos e abraços. Repleto de ritos sociais, o encerramento do ano é uma época que reforça o sentimento de solidão em muitos de nós. Até mesmo quem gosta de viver só durante o ano inteiro está sujeito a ser invadido por um desconforto inesperado ao perceber que não sabe com quem partilhar o peru de dia 24 ou o champanhe de dia 31. O golpe de solidão que chega com a última página do calendário não é exclusivo de quem está, literalmente, sozinho durante as datas festivas. Há aqueles que, no meio de ruidosos encontros familiares ou empresariais, mal conseguem disfarçar o mal-estar e a sensação de inadequação.
O Natal é um período consensualmente considerado de alegria e esperanças optimistas. Por norma é assim mas, para muitas pessoas, pode ser uma época muito triste e fazer-se acompanhar por sentimentos de solidão, desamparo e desânimo. A alegria, imposta pela sociedade, torna-se desconfortável para quem não consegue pôr de lado a angústia, O desgaste provocado pelo esforço em contemplar tudo e agradar a todos faz disparar os níveis de ansiedade numa escalada ascendente assim que surgem as primeiras propagandas de Natal e Ano Novo.
A “tristeza do Natal” é comum durante o frenesim de Dezembro ao fazermos balanços e projetos. Aquela que para muitos de nós é a época mais feliz do ano, para outros é precisamente o contrário. O Natal e os encontros de família podem transformar-se em momentos tristes e difíceis de suportar, especialmente se a pessoa já está deprimida. Paralelamente, nos meios de comunicação social é vendida urna mensagem que difere da realidade que a maioria das pessoas vive e sente, sobretudo num período de crise económica, desemprego, violência e incertezas em relação ao futuro. Não é raro ouvirmos comentários negativos em relação aos preparativos do Natal, traduzidas pelas célebres frases “Detesto o Natal” ou “Odeio quadras festivas”.
Muitas vezes, o sentimento de desamparo e desânimo é provocado por datas que nos trazem lembranças tristes, seja por perdas, como a de entes queridos, separações, desemprego ou doenças. Todos esses factos provocam o que podemos chamar de tristeza natural. Entristecer não é deprimir. É a consciencialização da situação ou condição que não aquela que gostaríamos que fosse, independentemente de ser ou não fantasiosa. Afinal, todo o ser humano tem momentos de tristeza, faz parte da vida.
Mas, na generalidade, a “tristeza do Natal” é sazonal, de duração breve, decorre durante alguns dias ou semanas e, em muitos casos, termina quando as férias acabam e quando se retorna à rotina quotidiana. O mais importante é permitir a si próprio estar triste ou saudoso. Esses são os sentimentos normais, particularmente na época do Natal.
Porém, mesmo para quem é difícil contornar esta quadra, é importante tomar consciência de que esse sentimento é mais comum do que se imagina e de que há formas de superar a tristeza e angústia, e readquirir, pelo menos em parte, o espírito natalício. Deixar de lado projetos “extraordinários”, propor-se  objetivos realísticos, organizar o próprio tempo, elaborar listas de prioridades, fazer um plano e segui-lo, exercitar o pensamento positivo, são truques ao alcance de qualquer um.
Enfim, o segredo reside na capacidade de sair da ritualidade muito “litúrgica” das festas e procurar inventar novas maneiras de celebrar o Natal e o Ano Novo.
E porque não?… Ser solidário e desejar a paz ao resto do mundo!

Dra. Cláudia Fernandes


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