A perda do sentido de Deus e
da dignidade humana são a raiz da desordem e da injustiça
Fátima, 16 de Setembro de
2013
Em palavras dirigidas aos
peregrinos presentes no Santuário de Fátima, o Bispo de Coimbra apontou que “as
desordens e injustiças de toda a ordem existentes no nosso mundo têm a sua raiz
na perda de sentido de Deus e da dignidade humana”. Informou a assessoria
de imprensa do Santuário de Fátima.
Aos jovens do movimento Convívios
Fraternos, em peregrinação nacional a Fátima, D. Virgílio Antunes pediu uma fé
encarnada na vida e que sejam “portadores da alegria de Cristo para outros
jovens”.
Na reflexão do Bispo de Coimbra,
o ser humano vive três tipos de perdas: a perda das condições de vida e de
bens, a perda do amor nas relações humanas e a perda do amor em
Deus. “Somos sensíveis às duas primeiras perdas, e com razão, porque
destroem a pessoa humana, roubam-lhe a alegria de viver, a esperança e o amor,
essenciais para uma vida feliz. Geralmente somos menos sensíveis à perda de
Deus e à perda da fé no seu amor e na sua misericórdia”, afirmou, na homilia da
Missa a que presidiu na manhã do dia 15, no Santuário de Fátima, que
concelebrou com vários sacerdotes e com D. Anacleto Gonçalves, bispo de
Bragança-Miranda, e D. Patrick O’ Donoghue, bispo emérito de Lancaster,
Inglaterra.
O apelo do Bispo de Coimbra foi
no sentido do reencontro do sentido de Deus e do sentido do homem, por serem
“duas realidades insociáveis”. “O caminho para esse reencontro passa pela
fé em Deus, pelo encontro com o seu amor e a sua misericórdia, que provocam
sempre o encontro com o amor e a misericórdia humana, aceite, acolhida e vivida”,
afirmou. Além de outros grupos, estão na Cova da Iria em peregrinação
nacional os grupos da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue e do
movimento Convívios Fraternos.
Na mesma homilia, D. Virgílio
Antunes dirigiu umas palavras em especial aos jovens convivas para lhes
recordar as duas as vertentes do caminho que lhes é pedido “enquanto parte da
solução para o nosso mundo”: “o crescimento na fé na relação pessoal com
Cristo”, e “o crescimento no amor à humanidade”. “Não permitas que a tua
fé esteja desencarnada da tua vida, mas trabalha para que se torne compromisso
em favor da dignidade humana, da construção da paz e da instauração de relações
marcadas pela justiça. Está atento aos outros e torna-te instrumento do seu
reencontro”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário