Orientação catequética Rachel
Lemos Abdalla
Testemunhar, segundo o dicionário
Houaiss, é declarar ter visto, ouvido ou conhecido. Então, dar o testemunho
cristão é expressar ou afirmar ter tido um encontro, ter visto, ouvido ou
conhecido Jesus Cristo.
Não é possível dar um testemunho
sem que o encontro, de fato, não tenha ocorrido!
Os catequistas precisam ter
passado por este encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo, e pelo
Pentecostes que entusiasma e faz renovar todas as coisas, para que possam
evangelizar de fato! “Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da
parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de
mim” (Jo 15,26).
O Catequista que não teve este
encontro é morno, faz da sua catequese uma teoria distante e complexa para os
dias de hoje, segue o material didático à risca, não possui uma linguagem atual
e moderna, portanto, também não consegue cativar e nem levar o catequizando a
ter este encontro tão importante com Jesus! E, infelizmente, ainda são muitos
os que fazem dos encontros de catequese uma aula para falar de religião.
O livro serve para dar uma
diretriz, um norte, abrir um caminho para o catequista percorrer. Mas,
lembremos que a catequese é vida, é viva, e não está trancada dentro de uma
cartilha, mas é livre e não contém amarras, é prática que se concretiza no dia
a dia.
Quem são os catequizandos de
hoje? Como eles vivem? Quais são seus interesses?
Jesus falava do Reino de Deus a
partir da linguagem daquela época, para que todos O entendessem. Contava
Parábolas para facilitar ainda mais a compreensão dos homens e mulheres simples
ou nobres que O seguiam, e testemunhava a Sua própria vida, o próprio amor de
Deus pelos homens. Ele mesmo disse: “As obras que faço em nome de meu
Pai, estas dão testemunho de mim” (Jo 10,25). Da mesma forma devem ser
os nossos evangelizadores!
Quando o catequista tem o
encontro com Jesus, ele dá o seu próprio testemunho, que brilha, que encanta,
que fascina quem o ouve, assim como Cristo fez, olhando nos olhos, com palavras
que tocam o coração que está endurecido ou fragilizado e que precisa de alento
e consolo, ou está sedento para receber a água viva!
‘Todo o planejamento e a ação da
Igreja nascem do próprio Cristo e se voltam para Ele que é a razão de ser da
catequese; a origem do agir; o Caminho, a Verdade e a Vida de todo cristão’
(DGAE 2011-2015 - 4)[1].
Por isso, catequista, pense qual
tem sido o seu testemunho? Quem ou o quê, você, de fato, está querendo
anunciar?
Seja coerente com a sua condição
de discípulo missionário que tanto insiste o Documento de Aparecida! De quem
você é discípulo? Qual é a sua missão?
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