CELEBRAÇÃO DO MÊS
VOCACIONAL
AGOSTO 2013
PRIMEIRA SEMANA
Tema: Ministros Ordenados:
mestres da oração
O que eu preciso é aprender bem
mais,
sobre o jeito de fazer a paz!
- Eu sei que a minha vida é bem
mais vida,
quando eu me sinto fazedor da
paz.
O que eu preciso é aprender bem
mais,
sobre o jeito de fazer a paz!
1. MOTIVAÇÃO
A.: É em nome da Trindade
que nos reunimos como comunidade. Todos formamos o povo de Deus e por meio do
batismo recebemos a herança eterna. Nossa vocação é viver de acordo com o plano
de Deus.
T.(Todos): Em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo! Amém!
L1 (Leitor 1): Para melhor
cumprir essa vocação, precisamos - constantemente – nos dirigir a Deus. Ele é
Pai e nos ama com amor infinito.
L2: Os ministros
ordenados, como consagrados ao Senhor tanto pelo batismo quanto pelo sacramento
da Ordem, dirigem-se cotidianamente a Deus através da Oração da Igreja.
L3: Sua missão de anunciar
a Boa Nova servindo à Igreja e a seu povo comporta a busca constante para se
aproximar a Jesus através da oração. Por isso estão sempre procurando se
configurar a Cristo (cf. Rm 8, 29; Fl 3, 10.21), Mestre e Senhor.
L4: Assemelhar-se a Cristo
é assumir seu estilo de vida. Uma das dimensões mais perceptíveis do Filho de
Deus era sua intimidade com o Pai, através da oração.
T.: Assim como Jesus Cristo,
os ministros ordenados devem viver sempre em intimidade com Deus, na oração e
na fidelidade à sua missã
2. ESCUTA DA PALAVRA
A.: A Palavra de Deus
ilumina o coração humano. Queremos acolher esta luz, aclamar a Palavra e
deixá-la fecundar a vida. (Cantar e aclamar a Palavra).
Canto: Dá-me a palavra certa –
Pe. Zezinho.
Ref.: Dá-me a palavra certa,
na hora certa,
E do jeito certo e pra pessoa
certa
Dá-me a cantiga certa, na hora
certa,
E do jeito certo e pra pessoa
certa.
1.Palavra é como pedra, preciosa
sim
Quem sabe o valor cuida bem do
que diz
Palavra é como brasa, queima até
o fim
Quem sabe o que diz há de ser
mais feliz
L1: Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas (Lc 11,1-13)
T.: Glória a vós, Senhor!
L2: Jesus estava rezando
num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor,
ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”.
L1: Jesus respondeu:
“Quando rezardes, dizei:
T.: Pai, santificado seja o
teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, e
perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos
devedores; e não nos deixeis cair em tentação”.
L1: E Jesus acrescentou:
“Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo,
empresta-me três pães, porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para
lhe oferecer, e se o outro responder lá de dentro: Não me incomodes! Já
tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar
para te dar os pães; eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para
dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência
dele e lhe dará quanto for necessário. Portanto, eu vos digo:
T.: Pedi e recebereis;
procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede, recebe; quem
procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá.
L2: Será que algum de vós
que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um
ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas
aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o
pedirem!”.
L1.: Palavra da Salvação.
T.: Glória a vós, Senhor!
3. MEDITAÇÃO A PARTIR DA PALAVRA
A.: A oração do Pai Nosso
resume todo o Evangelho e sintetiza a fé dos discípulos missionários de Jesus
Cristo. Sem vida de oração não há discipulado nem ministério que se sustente e
ilumine a comunidade. Os ministros ordenados são modelos desta adesão ao
Evangelho e mestres de oração.
T.: A oração é expressão de
nossa Aliança com Deus. Todos, ministros ordenados e leigos, somos membros do
Povo da Aliança, operários e operárias a caminho do Reino definitivo.
L1: Jesus é modelo
perfeito de oração. Ele não rezava na língua hebraica, idioma da liturgia
oficial. Jesus rezava em aramaico, sua língua cotidiana. O Mestre de Oração
reza na montanha, a sós ou na companhia dos discípulos, de dia ou de madrugada.
Reza no deserto, às margens do lago da Galileia ou mesmo na barca. Ele ensina a
rezar em todos os momentos e lugares.
T.: A oração de Jesus brota do
coração. Nasce espontaneamente desde a sua condição de Filho amado de Deus.
Jesus reza a vida, a vocação e o chamado missionário do Pai que o envia.
L2.: Sua oração é simples,
direta e plena de confiança em Deus. Com familiaridade ele dirige ao Pai. Ele
pede a santificação do nome santo de Deus e de sua obra, o Reino. Pede também
pela necessidade material dos discípulos, o pão. Reza pelas necessidades
espirituais, o perdão dos pecados e a libertação das tentações.
T.: Mas a oração de Jesus
começa com a invocação “Pai”. Assim, Ele manifesta sua consciência filial e nos
convida a reconhecer a bondade de Deus. Ele é Pai amoroso e nos convida a viver
como irmãos e irmãs. Somos a grande família de Deus.
Canto de Meditação (à escolha)
4. ORAÇÃO
A.: Em dois coros, dando
graças a Deus e louvando-o pelas vocações, rezemos a oração elaborada pelo papa
emérito Bento XVI, por ocasião do 43º Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Rezemos em dois coros:
Lado A: Ó Pai, fazei com
que surjam, entre os cristãos, numerosas e santas vocações ao sacerdócio, que
mantenham viva a fé e conservem a grata memória do vosso Filho Jesus pela pregação
da sua palavra e pela administração dos sacramentos com os quais renovais
continuamente os vossos fiéis.
Lado B: Dai-nos santos
ministros do vosso altar, que sejam atentos e fervorosos guardiães da
Eucaristia, o sacramento do supremo dom de Cristo para a redenção do mundo.
Lado A: Chamai ministros
da vossa misericórdia, os quais, através do sacramento da Reconciliação,
difundam a alegria do vosso perdão.
Lado B: Fazei, ó Pai, que
a Igreja acolha com alegria as numerosas inspirações do Espírito do vosso Filho
e, dóceis aos seus ensinamentos, cuide das vocações ao ministério presbiteral e
à vida consagrada.
Lado A: Ajudai os Bispos,
os presbíteros, os diáconos, as pessoas consagradas e todos os batizados em
Cristo para que cumpram fielmente a sua missão no serviço do Evangelho.
Todos: Nós Vos pedimos por
Cristo, nosso Senhor. Amém!
A.: Maria, Rainha dos
Apóstolos.
T.: Rogai por nós.
5. LOUVOR SUPLICANTE
A.: Com amor e alegria, no
espírito da oração do Pai-Nosso, queremos apresentar nosso louvor e render
glórias a Deus, princípio e fundamento de todas as coisas. Nele nos movemos,
existimos e somos.
L3: Louvado sejais,
Senhor, pela vocação à vida. Abençoai e santificai a existência humana e
concedei-lhe amor e alegria no seguimento
L4: Bendito sejais,
Senhor, pelo ministério ordenado. Acompanhai e assisti, com teu Espírito, os
bispos, presbíteros e diáconos. Que eles deem testemunho da beleza desse
ministério e que suas orações e seus trabalhos animem e motivem muitos jovens a
assumirem essa missão.
L5: Glorificado, sejais,
Senhor, pela Igreja que aqui na terra constrói o teu Reino. Não falte para ela
ministros ordenados santos, fieis à Palavra de Deus e atentos às necessidades
humanas, especialmente a dos pobres e marginalizados.
A.: Continuemos nossa
súplica ao Pai, rezando a oração que o Senhor nos ensinou.
T.: Pai-nosso...
(Terminar com a Bênção do
Santíssimo Sacramento, quando possível. Bênção na página 47)
Música de Despedida: Pelos
Prados e Campinas – Sl 22 (Frei Fabreti)
1. Pelos prados e campinas
verdejantes, eu vou! É o Senhor que me leva a descansar.
Junto às fontes de águas puras,
repousantes, eu vou! Minhas forças o Senhor vai animar!
Ref.: Tu és Senhor o meu
Pastor! Por isso nada em minha vida faltará!
2. Nos caminhos mais seguros
junto dele, eu vou! E pra sempre o seu nome eu honrarei!
Se eu encontro mil abismos nos
caminhos, eu vou! Segurança sempre tenho em suas mãos!
Reflexão e aprofundamento
Tema: Ministros Ordenados:
mestres da oração
O sacramento da ordem concedido
aos Ministros Ordenados é de instituição divina, isto é, foi criado pelo
próprio Cristo. Os presbíteros nas palavras do apóstolo Pedro devem “ser
pastores do rebanho de Deus” (cf.1Pd 5,1-4). Isto nos diz que os ministros
ordenados não são apenas administradores em suas dioceses ou comunidades
paroquiais; são sim, fiéis cristãos que receberam, no Sacramento da Ordem, uma
marca perpétua na alma, que não se apaga jamais. Esta marca os constitui
ministros de Cristo, mestres da oração, para servir não a si mesmos, mas ao
povo de Deus.
Os ministros ordenados ao
responderem o chamamento divino oferecem o próprio testemunho de vida. São
assim, mestres da oração e amigos de Deus para cuidar com zelo de todos os
vocacionados e vocacionadas, homens e mulheres que desde o batismo foram
chamados por Deus a uma vocação.
Vemos na primeira carta de São
Pedro que os ministros ordenados devem ter um “coração generoso; não por torpe
ganância, mas livremente; não como dominadores daqueles que lhes foram
confiados, mas antes, como modelos do rebanho” (cf.1Pd 5,1-4). Para ser um
modelo do rebanho implica ao ministro ordenado ser íntimo de Deus. A intimidade
na oração, a capacidade de disciplinar-se para rezar a sós (Lc 11, 1-13) e com
a comunidade, antes e depois das atividades. Encontramos na Exortação
Apostólica, Verbum Domini: “no diálogo com Deus, compreendemo-nos a nós
mesmos e encontramos respostas para as perguntas mais profundas que habitam o
coração”. (cf. Verbum Domini, 1ª parte, nº 23, p. 48, Paulinas).
O papa Bento XVI nos recordou,
durante o Ano sacerdotal, que três aspectos são essenciais na vida do sacerdote
para que seu testemunho seja eficaz. O primeiro se refere à amizade com Cristo,
cultivada a partir da escuta da sua Palavra. O segundo aspecto é o dom total de
si mesmo a Deus, que se concretiza no ministério pastoral e na “alegria de se
tornar companheiro de viagem de tantos irmãos, para que se abram ao encontro
com Cristo e sua Palavra torne-se luz para o seu caminho” (Bento XVI,
mensagem para o 47º Dia Mundial de Oração pelas Vocações). O terceiro
aspecto é o viver a comunhão. Os ministros ordenados, mestres da oração, “devem
ser homens de comunhão, abertos a todos, unidos ao rebanho inteiro que a
bondade do Senhor lhes confiou, ajudando a superar divisões, enxugar lágrimas,
a resolver divergências e incompreensões” (idem).
Por fim, fundamento
imprescindível de toda vida dos ministros ordenados permanece a amizade com
Deus como afirma a Constituição Dogmática Dei Verbum 2: “... na riqueza do seu
amor fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir
à comunhão com Ele.” Neste sentido, esta amizade íntima com Deus só pode ser
encontrada na oração cotidiana dos ministros ordenados. Elemento essencial para
um testemunho vocacional coerente e sincero. A doação de si mesmos a Deus e a
vivência da comunhão sustentam a fortalecem a vida da Igreja, atrai novas
vocações para o ministério ordenado e a vida consagrada religiosa ou secular.
Podemos nos perguntar como
comunidade: Qual a nossa contribuição para que os nossos ministros
ordenados: bispos, presbíteros e diáconos sejam de fato “mestres da oração”?
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